(ANSA) - Um ataque cibernético atribuído à inteligência de Israel provocou explosões de centenas de pagers de supostos membros do grupo xiita Hezbollah em Beirute e Damasco, capitais do Líbano e da Síria, respectivamente.
Segundo o Ministério da Saúde libanês, pelo menos oito pessoas morreram e 2,75 mil ficaram feridas nas detonações, sendo que mais de 200 indivíduos estão internados em estado grave, a maioria deles com lesões no rosto, nas mãos e no estômago. Entre os mortos estaria uma menina de 10 anos, enquanto o embaixador iraniano no Líbano, Mojtaba Amani, ficou levemente ferido.
Já o balanço provisório em Damasco é de pelo menos sete baixas entre integrantes do Hezbollah.
Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra um dispositivo explodindo no bolso de um homem dentro de um mercado em Beirute e o indivíduo correndo na sequência.
O Ministério da Saúde do Líbano colocou os hospitais em alerta para receber feridos nas detonações, enquanto um membro do Hezbollah disse ao jornal israelense Haaretz que essa foi a "maior violação de segurança" sofrida pelo grupo desde o início da atual guerra em Gaza, que provocou um aumento das hostilidades na fronteira libanesa.
Pagers se popularizaram nos anos 1990 e caíram em desuso devido à evolução dos celulares, mas ainda hoje são o meio de comunicação preferido pelo Hezbollah para evitar o risco de interceptação de mensagens.
Até o momento, o governo de Israel não comentou a ação.
(ANSA).
Explosões de pagers do Hezbollah deixam 15 mortos e quase 3 mil feridos
Dispositivos foram detonados em ação atribuída a Israel