Último momento

Israel intercepta barco com Greta e brasileiro Thiago Ávila

Embarcação humanitária tentava furar cerco contra Faixa de Gaza

Ativistas israelenses protestam em Ashdod após apreensão do Madleen

Redação Ansa

(ANSA) - As Forças de Defesa de Israel (IDF) interceptaram o barco humanitário "Madleen", pertencente à Coalizão Flotilha da Liberdade e que viajava rumo à Faixa de Gaza com um grupo de 12 ativistas, incluindo a sueca Greta Thunberg e o brasileiro Thiago Ávila.

A embarcação havia zarpado de Catânia, no sul da Itália, em 1º de junho, com o objetivo de chamar atenção para a grave crise humanitária no enclave palestino, onde, segundo a ONU, toda a população está sob ameaça da fome, e levar itens de primeira necessidade.

De acordo com o Ministério da Defesa, o Madleen deve atracar em Israel em breve, e seus tripulantes terão de "voltar para seus países". Pouco antes, a Coalizão Flotilha da Liberdade havia denunciado o sequestro da embarcação e de seus ocupantes pelo Exército israelense.

"Se você está vendo esse vídeo, significa que eu fui detido ou sequestrado por Israel ou outra força cúmplice no Mediterrâneo em nosso trajeto rumo a Gaza para furar o cerco. Neste caso, peço a vocês que pressionem meu governo e os governos de meus companheiros para que sejamos libertados e para cortar relações com Israel e interromper o genocídio e o cerco a que Israel tem submetido a população palestina. Contamos com vocês", disse Ávila em um vídeo publicado pela organização humanitária nas redes sociais.

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil afirmou que "acompanha com atenção" a interceptação do Madleen e pediu a soltura dos ativistas. "Ao recordar o princípio da liberdade de navegação em águas internacionais, o Brasil insta o governo israelense a libertar os tripulantes detidos. Sublinha, ademais, a necessidade de que Israel remova imediatamente todas as restrições à entrada de ajuda humanitária em território palestino, de acordo com suas obrigações como potência ocupante", declarou o Itamaraty.

O barco foi interceptado a menos de 200 quilômetros da costa de Gaza, palco de uma guerra que já deixou mais de 54 mil mortos e provocou uma grave crise humanitária devido às restrições de entrada de ajudas impostas por Israel, alvo de crescente pressão internacional para interromper o conflito.

Em meio à repercussão do "caso Madleen", o ministro da Defesa israelense, Israel Katz, ordenou que um vídeo sobre os atentados terroristas do Hamas em 7 de outubro de 2023, que mataram 1,2 mil pessoas e deflagraram a guerra em Gaza, seja exibido aos ativistas. "É justo que a antissemita Greta e seus amigos apoiadores do Hamas vejam exatamente quem é o grupo terrorista que eles defendem e quais atrocidades ele cometeu contra mulheres, idosos e crianças", salientou.

Leia a notícia completa em Ansa Brasil