(ANSA) - Após precisar adiar a viagem para a China por conta de uma broncopneumonia bacteriana e viral, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, partiu nesta terça-feira (11) para o país asiático em agenda até o dia 14.
Segundo o Planalto, Lula chega a Lisboa, em Portugal, por volta das 15h40 (horário de Brasília) e cerca de duas horas depois segue para Abu Dhabi. A chegada na China está prevista para esta quarta-feira (12).
A agenda oficial do mandatário e sua comitiva - que tem 40 pessoas - começa, de fato na quinta-feira (13) em Xangai, sede do Novo Banco de Desenvolvimento do Brics, do qual Dilma Rousseff foi eleita recentemente presidente.
Já no dia 14, o compromisso político mais importante, a reunião com seu homólogo chinês, Xi Jinping, com o premiê Li Qiang e com o presidente da Assembleia Popular, Zhao Leji.
Além disso, serão realizados diversos encontros com empresários locais e brasileiros e são esperadas as s de vários acordos comerciais bilaterais, especialmente na área do agronegócio. Ao todo, seriam 20 acordos firmados.
Inclusive, antes do cancelamento da primeira viagem, no fim de março, Pequim revogou o embargo à carne bovina brasileira por conta de um caso isolado de encefalopatia espongiforme bovina, comumente conhecida como "mal da vaca louca".
Em entrevista para o programa "A Voz do Brasil" nesta segunda-feira (10), Lula comentou sua viagem à China e destacou os objetivos econômicos da viagem.
"Nós queremos investimentos para gerar empregos e novos ativos produtivos. O Brasil tem uma belíssima relação com a China. Fazemos parte do Brics, é o nosso principal parceiro comercial e vamos tentar vender mais as coisas que produzimos para eles. Vamos fortalecer essa relação", disse no programa, ressaltando a busca por investimentos em "rodovias e hidrelétricas".
Conforme dados oficiais do governo brasileiro, divulgados pela Agência Brasil, a China é o principal parceiro comercial desde 2009 e, no ano ado, importou mais de US$ 89,7 bilhões em produtos brasileiros, especialmente soja e minérios. Já as exportações somaram cerca de US$ 60,7 bilhões do país asiático para o mercado nacional.
Outro dado relevante é que os US$ 150,4 bilhões em volume de negócios é 21 vezes maior do que em 2004, quando Lula fez a primeira visita ao território chinês.
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