O vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, afirmou que o país não deve "abaixar a cabeça" para as iminentes tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mas também não pode adotar uma postura "antiamericana".
O magnata republicano promete anunciar uma série de alíquotas alfandegárias recíprocas em 2 de abril, data chamada por ele de "Dia da Libertação", em uma medida que pode punir mercadorias da União Europeia.
"Não devemos abaixar a cabeça nem ser antiamericanos. É preciso encontrar uma solução que permita que as empresas italianas não sejam prejudicadas. As tarifas não fazem bem a ninguém", disse Tajani durante um congresso em Roma nesta terça-feira (1º).
Segundo o ministro, esse assunto deve ser tratado em âmbito europeu. "A Itália não pode agir sozinha. Podemos ter uma política comercial nacional, mas quem faz as tarifas é a Europa", acrescentou.
Roma está em alerta para possíveis taxas contra produtos símbolos do made in Italy, como vinhos e outros itens gastronômicos. A UE já prometeu responder à altura, mas o governo italiano vem pregando uma abordagem mais cautelosa.
"Reações mal pensadas correm o risco de ser prejudiciais também para nós, então é preciso avaliar bem como reagir", destacou Tajani.
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