A energia solar superou pela primeira vez o carvão na produção de eletricidade na União Europeia (UE) em 2024, informou um relatório divulgado na noite da última quarta-feira (22) pelo grupo de estudos climáticos Ember.
Segundo o documento "European Electricity Review", a participação de energias renováveis aumentou para quase metade do setor de energia do segmento.
Ao mesmo tempo, a produção [de eletricidade] a partir do gás na UE caiu pelo quinto ano consecutivo e a energia gerada por combustíveis fósseis diminuiu para um "nível recorde".
"O Pacto Verde Europeu levou a uma profunda e rápida transformação do setor energético da UE", afirmou o grupo, lembrando que "a energia solar continuou sendo a fonte de energia com crescimento mais rápido na UE em 2024, ultraando o carvão pela primeira vez".
O estudo destaca ainda que "a energia eólica continuou sendo a segunda maior fonte de energia da UE, acima do gás e abaixo da nuclear".
No geral, o forte crescimento da energia solar e eólica aumentou a participação das energias renováveis de 34% em 2019 para 47% no ano ado. Já os combustíveis fósseis caíram de 39% para 29%.
Um aumento na geração eólica e solar é a principal razão para o declínio na geração fóssil. Sem a capacidade adicional das energias eólica e solar acrescida nestes últimos cinco anos, os 27 Estados-membros da UE precisariam importar 92 bilhões de metros cúbicos adicionais de gás e 55 milhões de toneladas de carvão, a um custo de 59 bilhões de euros, acrescenta o relatório.
De acordo com o Ember, essas tendências estão disseminadas por toda a Europa, com a energia solar progredindo em todos os países do bloco. Até o momento, mais da metade já eliminou o carvão, o combustível fóssil mais poluente, ou reduziu sua participação para menos de 5% em sua matriz energética.
"Os combustíveis fósseis estão perdendo o seu domínio sobre a energia da UE", destacou Chris Rosslowe, autor principal do relatório.
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