O presidente da Itália, Sergio Mattarella, demonstrou preocupação com o "retorno do discurso de ódio" nesta terça-feira (28), em evento por ocasião do Dia da Memória das Vítimas do Holocausto, celebrado na última segunda (27), em Roma.
"Estamos preocupados, a nível geral, com o ódio pregado contra outros povos, outras religiões, outras culturas e, entre outros fenômenos, com a contínua ameaça à segurança e à própria existência do povo israelense, assim, como, depois do horror de 7 de outubro de 2023, com o que ocorreu na Faixa de Gaza, provocando a morte de milhares de civis palestinos inocentes", afirmou o chefe de Estado.
Mattarella lembrou ainda que os confrontos bélicos só "causam mortes e destruições", já que "violência gera violência". Para isso, "é preciso ter coragem, força e determinação para romper a corrente do ódio, pois só assim se terá paz e segurança".
Segundo ele, a solução de "dois Estados" é a única para a crise no Oriente Médio.
O evento sobre o Dia da Memória aconteceu no Palácio do Quirinale e contou também com a presença da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, além da senadora vitalícia Liliana Segre, que, aos 94 anos, é uma sobrevivente do campo de concentração nazista de Auschwitz-Birkenau, na Polônia. Outros representantes do governo e da comunidade judaica também compareceram.
"Continuamos a repetir ainda nos dias de hoje, nas escolas, nas universidades, nos locais de trabalho, nas casas e nas praças, aquele grito alto e forte, que vem, todos os dias e para sempre, do recinto de Auschwitz: 'Nunca mais!'", declarou Mattarella.
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