(ANSA) - O governo da Nicarágua determinou a expropriação da Universidade Centro-americana da Nicarágua (UCA), com apreensão de bens móveis e imóveis, alegando que a instituição jesuíta é "um centro de terrorismo que organiza grupos criminosos".
A informação foi divulgada pela Companhia de Jesus, a ordem dos jesuítas, à qual pertence o papa Francisco.
Em nota, a companhia negou todas as acusações, que classificou como falsas e infundadas, e afirmou que o caso se trata de uma política de governo "que viola sistematicamente os direitos humanos e que parece ter sido finalizada, consolidando um Estado totalitário".
"O governo da Nicarágua é responsável por todos os prejuízos contra os estudantes, pessoal docente e istrativo e demais trabalhadores da Universidade, e contra o patrimônio cultural do país, causados por uma acusação injustificada", diz o comunicado.
A UCA, que foi inaugurada em 1963 e é uma instituição autônoma sem fins lucrativos, suspendeu suas atividades acadêmicas e istrativas.
O regime Daniel Ortega tem promovido perseguições a líderes e instituições religiosas que atuam no país.
As relações entre o país latino-americano e o Vaticano foram suspensas após declarações do papa Francisco definindo o regime da Nicarágua como "opressivo" e "ditadura grosseira".
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