A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, afirmou nesta terça-feira (29) que o encontro entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, na Basílica de São Pedro, no Vaticano, pode ter sido o "último presente do papa Francisco" para o mundo.
No último sábado (26), o republicano e o líder ucraniano protagonizaram uma imagem histórica ao conversarem frente a frente na basílica, sentados em simples cadeiras e sem a presença de assessores, em um dos momentos mais marcantes do funeral do argentino.
O breve diálogo de cerca de 15 minutos ocorreu antes da missa exequial do finado pontífice, que serviu como uma espécie de palco informal para tentativas de avançar nas negociações pela paz na Ucrânia, teatro de uma guerra iniciada pela Rússia há mais de três anos e que sempre foi condenada de forma incisiva por Francisco.
"Acho que foi um momento lindo. Pelo que me disseram os protagonistas, pode até ter sido um ponto de virada. Talvez tenha sido o último presente do Papa Francisco para todos nós", declarou Meloni ao jornal "Corriere della Sera".
Na entrevista, a premiê da Itália destacou ainda que "jamais teria tentado interromper" este encontro histórico entre Trump e Zelensky, que também se reuniu com o presidente francês, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, à margem do funeral.
"Eu jamais teria estado lá. Não se tratava de nós, os outros líderes. Não sei se alguém achou que tinha que estar lá, mas eu não", concluiu ela.
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