Uma petição lançada online no final de maio coletou mais de 55 mil s na Alemanha para pedir ao papa Leão XIV para destituir o arcebispo de Colônia, cardeal Rainer Maria Woelki, acusado de cometer "falhas" na gestão de casos de abusos sexuais na diocese local.
Woelki esteve envolvido em um escândalo investigado pelo próprio Vaticano por supostamente ter tentado impedir a publicação de um relatório independente que apontava os abusos cometidos por religiosos e laicos que trabalhavam na Diocese entre 1975 e 2018.
As 800 páginas do documento abalaram a comunidade católica local ao mostrar que há ao menos 314 vítimas de crimes cometidos por 202 religiosos ou laicos. Cerca de metade das vítimas eram crianças com menos de 14 anos.
Para aqueles que lançaram a petição, Woelki "é completamente corrupto moralmente" e "perdeu toda a credibilidade, tanto em público quanto dentro da arquidiocese de Colônia e da Igreja Católica na Alemanha".
Segundo os organizadores, é por isso que Leão XIV terá que "resolver o problema antes que a Arquidiocese de Colônia e a Igreja Católica na Alemanha reconheçam o enorme peso que a pessoa e o comportamento do cardeal Woelki representam".
A Santa Sé já havia dito que não encontrou provas de que o cardeal Woelki "tenha agido de forma ilegal ao tratar os casos de abusos sexuais" e reconheceu que ele teve uma avaliação exemplar, mas que houve "erros importantes de comunicação".
Embora ele tenha sido removido do processo criminal, em 6 de maio, o Ministério Público de Colônia anunciou que o cardeal foi condenado a pagar uma multa de 26 mil euros.
Na ocasião, o arcebispado de Colônia divulgou um comunicado no qual se referia ao fato de que "o Ministério Público arquivou definitivamente o processo sob uma condição, que neste caso é o pagamento devido a uma organização beneficente" e, portanto, "não se trata de uma punição grave".
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