A Câmara dos Deputados da Argentina aprovou na última terça-feira (8) a criação de uma comissão de inquérito para analisar o escândalo da criptomoeda '$LIBRA' promovida pelo presidente da Argentina, o ultraliberal Javier Milei, nas redes sociais.
Segundo o jornal argentino "La Nación", a iniciativa recebeu aval com 128 votos a favor, 93 contra e sete abstenções.
Além disso, a Câmara aprovou que o chefe de Gabinete Guillermo Francos e os ministros da Economia, Luis Caputo, e da Justiça, Mariano Cúneo Libarona, prestem explicações sobre o caso.
Em fevereiro ado, Milei apresentou a criptomoeda como um instrumento financeiro parte de um projeto privado para "financiar pequenos negócios e startups argentinos", incentivando uma onda de compras e um aumento de 1.000% em seu valor.
Pouco tempo depois, o presidente apagou sua mensagem, causando o colapso da criptomoeda e perdas de mais de US$ 100 milhões para investidores ao redor do mundo, além de milhões em lucros para algumas "carteiras virtuais".
A Justiça da Argentina revelou que recebeu mais de 110 denúncias criminais em virtude do escândalo. Milei, por sua vez, defende que não teve "nenhum vínculo" com a $Libra. Os crimes investigados pelo MP argentino são fraude, tráfico de influência, abuso de poder e corrupção.
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