Um caso de feminicídio provocou consternação na Itália nesta quarta-feira (28), após a polícia encontrar o corpo de uma adolescente de 14 anos que estava desaparecida desde a noite de 26 de maio.
O cadáver de Martina Carbonaro foi achado escondido em um edifício em ruínas em Afragola, na província de Nápoles, sul do país.
O ex-namorado da menina, Alessio Tucci, 18 anos, foi preso pela polícia e confessou o crime, que foi motivado pelo fato de Martina ter terminado a relação de quase dois anos com ele.
Apesar do fim do namoro, a menina teria aceitado se encontrar com Tucci para conversar. O jovem, no entanto, matou Martina a pedradas - o corpo apresentava pelo menos quatro ferimentos na cabeça - e escondeu o corpo em um velho armário no edifício abandonado.
Tucci responderá por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. "Filha minha, quem te fez mal vai pagar por isso", prometeu a mãe da menina, Fiorenza Cossentino, em publicação no Facebook.

"No condomínio, quando ele vinha almoçar conosco, todos diziam que era um bom rapaz, mas ele se revelou um monstro", acrescentou Fiorenza para jornalistas nesta quarta-feira.
Já a vice-presidente do Senado, Licia Ronzulli, lamentou mais um feminicídio na Itália - já são mais de 15 em 2025 - e cobrou a realização de campanhas de educação e sensibilização de jovens nas escolas contra a violência de gênero.
"Martina tinha o direito de escolher, de ser livre, de viver, mas esse direito lhe foi tirado do modo mais brutal pelo simples fato de ela ter dito 'não' a seu ex-namorado", declarou.

O Senado também realizou um minuto de silêncio em memória de Martina, enquanto o partido de centro Itália Viva (IV) pediu uma sessão extraordinária para discutir uma "estratégia de educação sentimental" para os jovens no país.
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS © Copyright ANSA