A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta segunda-feira (9) a oitiva dos réus do chamado "núcleo crucial" da suposta tentativa de golpe de Estado, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A audiência está marcada para 14h e será conduzida pelo relator do caso, ministro Alexandre de Moraes. O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, que fez acordo de delação premiada, será o primeiro a depor nas audiências presenciais.
Bolsonaro ou o fim de semana com seus advogados no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, se preparando para o interrogatório. Ele também saudou simpatizantes na Avenida Faria Lima.
Esta será a primeira vez que Bolsonaro prestará depoimento diretamente a Moraes, no âmbito da ação penal aberta após as investigações da Polícia Federal indicarem a existência de uma organização criminosa com o objetivo de subverter o resultado das eleições de 2022.
"Segunda, terça e quarta estarei no Supremo ao vivo para falar do que aconteceu ao longo de meu mandato e o 8 de janeiro", afirmou o político de extrema direita na sexta-feira (6), durante um evento do PL. A expectativa é de que ele seja interrogado no dia 11 de junho.
Na quinta (5), Bolsonaro já prestou depoimento como testemunha no processo que envolve seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL), investigado por suposta obstrução de Justiça.
Além de Bolsonaro e Cid, prestarão depoimento figuras centrais da estrutura do governo anterior, como os generais Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sergio Nogueira, o almirante Almir Garnier, o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), delegado Alexandre Ramagem, e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres.
Todos são acusados de crimes como tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa armada.
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