Os cardeais começaram a discutir nesta quinta-feira (24) o futuro da Igreja Católica, em vista do conclave que elegerá o sucessor do papa Francisco, morto aos 88 anos, vítima de uma parada cardiocirculatória em decorrência de um AVC.
A Congregação de Cardeais realizou nesta manhã sua terceira reunião desde o falecimento do pontífice argentino, que contou com a presença de 113 prelados, dos quais menos da metade são eleitores, segundo a Sala de Imprensa da Santa Sé.
Esses encontros servem para definir todos os os na vida da Igreja antes da realização do conclave, durante o qual os cardeais ficarão a portas fechadas até a escolha de um novo papa.
De acordo com a Santa Sé, 34 prelados discursaram na reunião desta quinta, e houve uma "conversa sobre a Igreja e sobre o mundo". O próximo encontro está previsto para as 9h (horário local) desta sexta (25). "O clima está tranquilo", garantiu o cardeal italiano Fernando Filoni.
Até o momento, os cardeais já aprovaram a programação dos "Novendiali", ou seja, os nove dias de missas em sufrágio do finado papa, como manda a tradição católica. As celebrações ocorrerão entre 26 de abril e 4 de maio, começando pelo próprio funeral de Francisco, na Basílica de São Pedro, e cada uma será presidida por um cardeal diferente.
O colégio cardinalício também terá de deliberar sobre um assunto espinhoso: a participação do cardeal italiano Angelo Becciu no conclave.
Ele teve os direitos ligados ao cardinalato revogados por Francisco em setembro de 2020, em meio a um escândalo financeiro no Vaticano, mas agora reivindica a prerrogativa de votar para eleger um novo pontífice.
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